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sexta-feira, 24 de setembro de 2010

4 - A passagem da época dos romanos para a época medieval - "A sociedade dos francos de Carlos Magno"

INTRODUÇÂO

Mediante imigrações pacíficas ou invasões, diversos povos germânicos foram ocupando o Império Romano do Ocidente levando-o à sua decadência. Esse fato marcou o fim da Idade Antiga o começo da Idade Média. Mas mesmo que o Império Romano do Ocidente tenha sucumbido, o Império Romano do Oriente se manteve forte por muitos e muitos anos. Nesse trabalho, mostrarei como o Império Romano ainda sobreviveu em Constantinopla e como Carlos Magno reergueu a Europa, construindo um império que futuramente daria origem ao Feudalismo.

O Império Bizantino

Com a queda do Império Romano do Ocidente, por volta do século V, Constantinopla, atual Istambul, capital do Império Romano do Oriente, assume a liderança do mundo romano. Constantinopla mantêm as leis, a mesma organização administrativa e boa parte da cultura romana. Mas os Bizantinos queriam mais. Não bastava viver como se vivia em Roma. Era preciso reconquistar territórios e reconstruir o Império Romano.
Em 527, o imperador Justiniano assume o poder em Constantinopla. A política do imperador teve como objetivo fundamental a tentativa de reconstrução do fragmentado Império Romano e revisar as leis romanas e adequá-las à doutrina cristã, a religião oficial do império. Cria, então, um código de leis que se intitula Código Justiniano. Tais leis acabaram constituindo a base jurídica do Império. Justiniano também chega a recuperar o norte da África, o sul da Península Ibérica e ainda reconquista a Itália. Mas apesar do sucesso e do seu longo governo que durou 40 anos, Justiniano não alcança seu principal objetivo e após a sua morte, esse sonho fica ainda mais longe de se tornar realidade, pois ao final de seu governo, o Império Romano do Oriente acaba provocando uma ruptura com o Ocidente.
À partir daí ocorrem algumas mudanças no império. Constantinopla adota o seu antigo nome, Bizâncio. O grego passa a substituir o latim e em 850, até a autoridade do papa deixa de ser reconhecida. Apesar de dois séculos de decadência e violência, o Império Bizantino se reergue, se tornando uma potência militar, se tornando o escudo protetor da Europa. O Império Bizantino resistiu por toda a idade média aos ataques dos persas, dos húngaros, dos árabes e dos turcos e foi por isso que foi possível a criação dos estados nacionais.

O reino dos francos

Com a queda do Império Romano do Ocidente, todo o território que pertencia ao império é ocupado pelos povos germânicos que constituíram reinos. Os francos ficaram mais ao norte, os burgúndios e ostrogodos se instalam mais ao centro, os suevos e visigodos ocupam a península Ibérica e os vândalos, o norte da África.
Mas de todos esses reinos, o que mais se destacou foi o reino dos francos.

- Dinastia merovíngia
A organização política dos francos em um reino teve início em meados do século V, com a unificação de diversas tribos.
Clóvis é considerado um dos unificadores francos, tendo reinado entre 418 e 511. Nesse período, promoveu a expansão do Reino Franco e converteu-se ao catolicismo, fazendo de seu reino um forte aliado da Igreja Católica.
Clóvis teve vários sucessores. A partir de 639, a dinastia entrou em crise e o trono passou a ser ocupado por um alto funcionário da corte – o prefeito do palácio. Um desses prefeitos do palácio foi Carlos Martel, que governou de 714 a 741 e conquistou prestígio e poder, entre outros motivos, por ter comandado o exército cristão que deteve o avanço dos muçulmanos sobr a Europa, em 732.

- Dinastia Carolíngia
Após a morte de Carlos Martel, seus poderes políticos foram hrdados por Pepino, o Breve que em 751 destronou o último rei merovíngio e fundou a dinastia carolíngia.
Em 756, o papa se vê ameaçado pelos lombardos, povo do norte da Europa. O papa pede ajuda aos cristãos e é atendido por Pepino, o Breve, que derrota os lombardos e ainda oferece ao papa um território na província de Ravena. Mas não é Pepino, o Breve quem deixa a marca maior na história da Europa. Quem realmente mexeu com a história da Europa foi seu filho, Carlos Magno, que assumiu o trono do reino franco no ano de 768.
Assim que assumiu o trono, Carlos Magno já começou a realizar o seu grande projeto: unificar o ocidente cristão. Para isso, o imperador lutou com quase todos os seus vizinhos por muito tempo. Com uma política voltada para o expansionismo militar, Carlos Magno expandiu o império, além dos limites conquistados por seu pai, Pepino, o Breve; obteve sucesso na sua campanha, anexando boa parte dos territórios europeus ao seu reino.
Em 800, o papa Leão 3º restaurou o império do Ocidente em proveito de Carlos Magno, que, tal como os antigos imperadores romanos, passou a ostentar o título de "Augusto".
O Império Carolíngio conquistou praticamente toda a Europa ocidental e para administrar tamanho império, ele dividiu esse império todo em 300 províncias, sendo administradas por governantes menores, eram fiscalizados pelos inspetores que o obedeciam e tendo como poder espiritual, o papa. Foi o império de Carlos Magno que deu início ao sistema feudal. Para retribuir às pessoas que os ajudava, o imperador distribuía terras e foram esses benefícios que deram origem ao sistema feudal que, após a morte da Carlos Magno, vigorou na Europa até o século XIII.

CONCLUSÃO


No Oriente, Constantinopla mantêm um império forte, que ao comando de Justiniano conquista mais e mais território. No Ocidente, um povo germânico, denominado bárbaro, incivilizado pelos romanos, se destaca e dele surge o Império Carolíngio, liderado por Carlos Magno que com uma política de expansionismo militar e uma aliança com a Igreja, reergue o Império do Ocidente. Ao fim de seu governo, surge um sistema um pouco diferente do que já tinha se visto até aquela época, na Europa. Com o Feudalismo, as transformações do início da Idade Média na Europa ficam ainda mais evidentes.


Referências

http://educacao.uol.com.br/biografias/carlos-magno.jhtm
Telecurso – História- Ensino Médio- Aula 11
http://www.juliobattisti.com.br/tutoriais/adrienearaujo/historia011.asp
http://pt.wikipedia.org/wiki/Francos
http://pt.wikipedia.org/wiki/Carlos_Magno
História Global- Brasil e Geral, Gilberto Cotrim – Capítulo 12

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

3 - A civilização romana - A crise do Império Romano e as migrações bárbaras

INTRODUÇÂO

A história de Roma é fascinante, de uma cidade tão pequena se tornou um dos maiores impérios da antiguidade, sendo considerada a principal potência mediterrânea durante os seus doze séculos de existência. Depois de se transitar de monarquia pra república e se tornar um vasto império, Roma entra em crise por conta dos elevados gastos públicos, enfraquece-se e é tomada por diversos povos bárbaros, marcando o início da Idade Moderna.


Período imperial – crise e declínio do Império Romano

Por volta do século III, o império romano entrou num longo período de crise. Com o fim das conquistas territoriais, diminuiu o número de escravos o que provocou uma queda na produção agrícola. Com a corrupção dentro do governo e os elevados gastos públicos com luxo, pouco sobrava para sustentar um império que se tornou tão vasto ao longo do tempo. Foi necessário então aumentar a carga tributária, que se tornou pesada e passou a não ser paga pelas províncias o que enfraqueceu mais ainda a economia romana. O exército romano também foi se enfraquecendo, os soldados, sem receber salário passaram a deixar suas obrigações militares e assim, as fronteiras ficavam cada vez mais desprotegidas.
A crise se agravou e dado o colapso da estrutura militar e as constantes guerras civis, os imperadores romanos realizavam acordos, pelos quais os bárbaros ganharam o direito de habitar essas regiões. Em troca, eles defendiam a fronteira da invasão de outros povos. Esses primeiros bárbaros, incorporados ao mundo romano, ficaram conhecidos como federados.
Em 395, com a morte do imperador Teodósio, o império foi dividido entre seus dois filhos: Honório ficou com a porção de terra do império do Ocidente, com sede em Roma, e Arcádio ficou com o Império Romano do Oriente, com sede em Constantinopla. Com essa divisão buscava-se melhorar a administração do império. Mas isso de nada serviu.
Em 476, Com a pressão exercida pelos hunos, os povos bárbaros começaram a intensificar o processo de invasão do Império Romano. Entre os principais povos responsáveis pela fragmentação do Império podemos destacar os visigodos, ostrogodos, anglo-saxões, francos, suevos e turíngios. Com a invasão dos hérulos, em 476, houve a deposição do último imperador romano, Rômulo Augusto, que já tinha descendência germânica.

Bárbaros?

O termo bárbaro vem do grego significa “não grego”. Para os gregos, a referência aos bárbaros significava apenas estrangeiros, povos que não tinham a língua grega como materna. Os romanos
também passaram a ser chamados de bárbaros pelos gregos.
Porém, foi no Imp´rio Romano
que a expressão passou a ser usada como termo pejorativo de "incivilizado"e com uma conotação preconceituosa. Era assim que os romanos se referiam aos povos germânicos, só por serem povos que não compartilhavam os mesmos hábitos e costumes romanos e não falavam latim.
O uso de tal termo não condizia com a realidade pois, apesar de não compartilharem de alguns aspectos da cultura romana, tais povos tinham cultura e costumes próprios.

Os povos germânicos

De origem discutida, ocupavam uma região chamada Germânia e se subdividiam em vários povos: borgundios, vândalos, francos, saxões, anglos, lombardos, godos e outros.Nos séculos IV e V os principais povos bárbaros se deslocaram em direção ao Império Romano, empurrados pelos Hunos que vinham do oriente, levando pânico e destruição aonde chegavam. Esse processo acabou por precipitar a fragmentação do império, já decadente devido a crise do escravismo e a anarquia militar.
Surgidos com a desintegração do Império Romano do Ocidente, os Reinos Romano-Germânicos ou Bárbaros não tiveram a mesma importância nem a mesma duração.Em sua maioria foram Reinos efêmeros, não possuindo organização administrativa eficiente, apesar do empenho de muitos chefes germanos em manter a forma de governo romana.
As populações romanizadas se recusaram a colaborar com os germanos. A língua, a religião, os costumes e, sobretudo, a forma de governo dos germanos e sua forma de organizar a sociedade, bem diferentes dos da população romana, funcionaram como obstáculos à fusão entre as duas sociedades: a romana e a germânica. Ainda que os chefes bárbaros procurassem evitar choque entre romanos e germanos - até mesmo porque os bárbaros geralmente representavam 5% da população de muitos Reinos - surgiram inúmeros problemas, inclusive pela criação de novos obstáculos à fusão, como a adoção do regime da personalidade das leis.

CONCLUSÃO


Depois de tanto crescer, a civilização romana não conseguem mais administrar o império. A maior potência do mediterrâneo entra em crise e é tomada por povos julgados por eles incivilizados. Os exércitos bárbaros eram eficientes no combate, devido à experiência guerreira dos soldados que protegiam o próprio Império Romano. Uma estratégia um tanto inteligente: incomporarem-se ao exercito romano como mercenários e mais tarde se usar disso para arrasar o império.
O processo das invasões bárbaras foi muito importante para que o Império Romano e seu conjunto de valores e tradições passassem por um processo de junção com a cultura germânica. Assim, a Idade Média, além de ser inaugurada pelo estabelecimento dos reinos bárbaros, também ficou marcada pela mistura de instituições e costumes de origem romana e germânica, embora a população tenha se oposto, no início. Foi com estabelecimento das tradições dos bárbaros que o mundo feudal ganhou suas primeiras feições.


Referências

http://www.mundovestibular.com.br/articles/4236/1/INVASOES-BARBARAS/Paacutegina1.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Queda_do_Imp%C3%A9rio_Romano
http://www.youtube.com/watch?v=y6wMkUZQfN8&feature=related
História Global - Brasil e geral - Gilberto Cotrim
http://pt.wikipedia.org/wiki/B%C3%A1rbaros
http://pt.wikipedia.org/wiki/Migra%C3%A7%C3%B5es_dos_povos_b%C3%A1rbaros