INTRODUÇÂO
Mediante imigrações pacíficas ou invasões, diversos povos germânicos foram ocupando o Império Romano do Ocidente levando-o à sua decadência. Esse fato marcou o fim da Idade Antiga o começo da Idade Média. Mas mesmo que o Império Romano do Ocidente tenha sucumbido, o Império Romano do Oriente se manteve forte por muitos e muitos anos. Nesse trabalho, mostrarei como o Império Romano ainda sobreviveu em Constantinopla e como Carlos Magno reergueu a Europa, construindo um império que futuramente daria origem ao Feudalismo.
O Império Bizantino
Com a queda do Império Romano do Ocidente, por volta do século V, Constantinopla, atual Istambul, capital do Império Romano do Oriente, assume a liderança do mundo romano. Constantinopla mantêm as leis, a mesma organização administrativa e boa parte da cultura romana. Mas os Bizantinos queriam mais. Não bastava viver como se vivia em Roma. Era preciso reconquistar territórios e reconstruir o Império Romano.
Em 527, o imperador Justiniano assume o poder em Constantinopla. A política do imperador teve como objetivo fundamental a tentativa de reconstrução do fragmentado Império Romano e revisar as leis romanas e adequá-las à doutrina cristã, a religião oficial do império. Cria, então, um código de leis que se intitula Código Justiniano. Tais leis acabaram constituindo a base jurídica do Império. Justiniano também chega a recuperar o norte da África, o sul da Península Ibérica e ainda reconquista a Itália. Mas apesar do sucesso e do seu longo governo que durou 40 anos, Justiniano não alcança seu principal objetivo e após a sua morte, esse sonho fica ainda mais longe de se tornar realidade, pois ao final de seu governo, o Império Romano do Oriente acaba provocando uma ruptura com o Ocidente.
À partir daí ocorrem algumas mudanças no império. Constantinopla adota o seu antigo nome, Bizâncio. O grego passa a substituir o latim e em 850, até a autoridade do papa deixa de ser reconhecida. Apesar de dois séculos de decadência e violência, o Império Bizantino se reergue, se tornando uma potência militar, se tornando o escudo protetor da Europa. O Império Bizantino resistiu por toda a idade média aos ataques dos persas, dos húngaros, dos árabes e dos turcos e foi por isso que foi possível a criação dos estados nacionais.
O reino dos francos
Com a queda do Império Romano do Ocidente, todo o território que pertencia ao império é ocupado pelos povos germânicos que constituíram reinos. Os francos ficaram mais ao norte, os burgúndios e ostrogodos se instalam mais ao centro, os suevos e visigodos ocupam a península Ibérica e os vândalos, o norte da África.
Mas de todos esses reinos, o que mais se destacou foi o reino dos francos.
- Dinastia merovíngia
A organização política dos francos em um reino teve início em meados do século V, com a unificação de diversas tribos.
Clóvis é considerado um dos unificadores francos, tendo reinado entre 418 e 511. Nesse período, promoveu a expansão do Reino Franco e converteu-se ao catolicismo, fazendo de seu reino um forte aliado da Igreja Católica.
Clóvis teve vários sucessores. A partir de 639, a dinastia entrou em crise e o trono passou a ser ocupado por um alto funcionário da corte – o prefeito do palácio. Um desses prefeitos do palácio foi Carlos Martel, que governou de 714 a 741 e conquistou prestígio e poder, entre outros motivos, por ter comandado o exército cristão que deteve o avanço dos muçulmanos sobr a Europa, em 732.
- Dinastia Carolíngia
Após a morte de Carlos Martel, seus poderes políticos foram hrdados por Pepino, o Breve que em 751 destronou o último rei merovíngio e fundou a dinastia carolíngia.
Em 756, o papa se vê ameaçado pelos lombardos, povo do norte da Europa. O papa pede ajuda aos cristãos e é atendido por Pepino, o Breve, que derrota os lombardos e ainda oferece ao papa um território na província de Ravena. Mas não é Pepino, o Breve quem deixa a marca maior na história da Europa. Quem realmente mexeu com a história da Europa foi seu filho, Carlos Magno, que assumiu o trono do reino franco no ano de 768.
Assim que assumiu o trono, Carlos Magno já começou a realizar o seu grande projeto: unificar o ocidente cristão. Para isso, o imperador lutou com quase todos os seus vizinhos por muito tempo. Com uma política voltada para o expansionismo militar, Carlos Magno expandiu o império, além dos limites conquistados por seu pai, Pepino, o Breve; obteve sucesso na sua campanha, anexando boa parte dos territórios europeus ao seu reino.
Em 800, o papa Leão 3º restaurou o império do Ocidente em proveito de Carlos Magno, que, tal como os antigos imperadores romanos, passou a ostentar o título de "Augusto".
O Império Carolíngio conquistou praticamente toda a Europa ocidental e para administrar tamanho império, ele dividiu esse império todo em 300 províncias, sendo administradas por governantes menores, eram fiscalizados pelos inspetores que o obedeciam e tendo como poder espiritual, o papa. Foi o império de Carlos Magno que deu início ao sistema feudal. Para retribuir às pessoas que os ajudava, o imperador distribuía terras e foram esses benefícios que deram origem ao sistema feudal que, após a morte da Carlos Magno, vigorou na Europa até o século XIII.
CONCLUSÃO
No Oriente, Constantinopla mantêm um império forte, que ao comando de Justiniano conquista mais e mais território. No Ocidente, um povo germânico, denominado bárbaro, incivilizado pelos romanos, se destaca e dele surge o Império Carolíngio, liderado por Carlos Magno que com uma política de expansionismo militar e uma aliança com a Igreja, reergue o Império do Ocidente. Ao fim de seu governo, surge um sistema um pouco diferente do que já tinha se visto até aquela época, na Europa. Com o Feudalismo, as transformações do início da Idade Média na Europa ficam ainda mais evidentes.
Referências
http://educacao.uol.com.br/biografias/carlos-magno.jhtm
Telecurso – História- Ensino Médio- Aula 11
http://www.juliobattisti.com.br/tutoriais/adrienearaujo/historia011.asp
http://pt.wikipedia.org/wiki/Francos
http://pt.wikipedia.org/wiki/Carlos_Magno
História Global- Brasil e Geral, Gilberto Cotrim – Capítulo 12
sexta-feira, 24 de setembro de 2010
4 - A passagem da época dos romanos para a época medieval - "A sociedade dos francos de Carlos Magno"
quinta-feira, 16 de setembro de 2010
3 - A civilização romana - A crise do Império Romano e as migrações bárbaras
INTRODUÇÂO
A história de Roma é fascinante, de uma cidade tão pequena se tornou um dos maiores impérios da antiguidade, sendo considerada a principal potência mediterrânea durante os seus doze séculos de existência. Depois de se transitar de monarquia pra república e se tornar um vasto império, Roma entra em crise por conta dos elevados gastos públicos, enfraquece-se e é tomada por diversos povos bárbaros, marcando o início da Idade Moderna.
Período imperial – crise e declínio do Império Romano
Por volta do século III, o império romano entrou num longo período de crise. Com o fim das conquistas territoriais, diminuiu o número de escravos o que provocou uma queda na produção agrícola. Com a corrupção dentro do governo e os elevados gastos públicos com luxo, pouco sobrava para sustentar um império que se tornou tão vasto ao longo do tempo. Foi necessário então aumentar a carga tributária, que se tornou pesada e passou a não ser paga pelas províncias o que enfraqueceu mais ainda a economia romana. O exército romano também foi se enfraquecendo, os soldados, sem receber salário passaram a deixar suas obrigações militares e assim, as fronteiras ficavam cada vez mais desprotegidas.
A crise se agravou e dado o colapso da estrutura militar e as constantes guerras civis, os imperadores romanos realizavam acordos, pelos quais os bárbaros ganharam o direito de habitar essas regiões. Em troca, eles defendiam a fronteira da invasão de outros povos. Esses primeiros bárbaros, incorporados ao mundo romano, ficaram conhecidos como federados.
Em 395, com a morte do imperador Teodósio, o império foi dividido entre seus dois filhos: Honório ficou com a porção de terra do império do Ocidente, com sede em Roma, e Arcádio ficou com o Império Romano do Oriente, com sede em Constantinopla. Com essa divisão buscava-se melhorar a administração do império. Mas isso de nada serviu.
Em 476, Com a pressão exercida pelos hunos, os povos bárbaros começaram a intensificar o processo de invasão do Império Romano. Entre os principais povos responsáveis pela fragmentação do Império podemos destacar os visigodos, ostrogodos, anglo-saxões, francos, suevos e turíngios. Com a invasão dos hérulos, em 476, houve a deposição do último imperador romano, Rômulo Augusto, que já tinha descendência germânica.
Bárbaros?
O termo bárbaro vem do grego significa “não grego”. Para os gregos, a referência aos bárbaros significava apenas estrangeiros, povos que não tinham a língua grega como materna. Os romanos também passaram a ser chamados de bárbaros pelos gregos.
Porém, foi no Imp´rio Romano que a expressão passou a ser usada como termo pejorativo de "incivilizado"e com uma conotação preconceituosa. Era assim que os romanos se referiam aos povos germânicos, só por serem povos que não compartilhavam os mesmos hábitos e costumes romanos e não falavam latim.
O uso de tal termo não condizia com a realidade pois, apesar de não compartilharem de alguns aspectos da cultura romana, tais povos tinham cultura e costumes próprios.
Os povos germânicos
De origem discutida, ocupavam uma região chamada Germânia e se subdividiam em vários povos: borgundios, vândalos, francos, saxões, anglos, lombardos, godos e outros.Nos séculos IV e V os principais povos bárbaros se deslocaram em direção ao Império Romano, empurrados pelos Hunos que vinham do oriente, levando pânico e destruição aonde chegavam. Esse processo acabou por precipitar a fragmentação do império, já decadente devido a crise do escravismo e a anarquia militar.
Surgidos com a desintegração do Império Romano do Ocidente, os Reinos Romano-Germânicos ou Bárbaros não tiveram a mesma importância nem a mesma duração.Em sua maioria foram Reinos efêmeros, não possuindo organização administrativa eficiente, apesar do empenho de muitos chefes germanos em manter a forma de governo romana.
As populações romanizadas se recusaram a colaborar com os germanos. A língua, a religião, os costumes e, sobretudo, a forma de governo dos germanos e sua forma de organizar a sociedade, bem diferentes dos da população romana, funcionaram como obstáculos à fusão entre as duas sociedades: a romana e a germânica. Ainda que os chefes bárbaros procurassem evitar choque entre romanos e germanos - até mesmo porque os bárbaros geralmente representavam 5% da população de muitos Reinos - surgiram inúmeros problemas, inclusive pela criação de novos obstáculos à fusão, como a adoção do regime da personalidade das leis.
CONCLUSÃO
Depois de tanto crescer, a civilização romana não conseguem mais administrar o império. A maior potência do mediterrâneo entra em crise e é tomada por povos julgados por eles incivilizados. Os exércitos bárbaros eram eficientes no combate, devido à experiência guerreira dos soldados que protegiam o próprio Império Romano. Uma estratégia um tanto inteligente: incomporarem-se ao exercito romano como mercenários e mais tarde se usar disso para arrasar o império.
O processo das invasões bárbaras foi muito importante para que o Império Romano e seu conjunto de valores e tradições passassem por um processo de junção com a cultura germânica. Assim, a Idade Média, além de ser inaugurada pelo estabelecimento dos reinos bárbaros, também ficou marcada pela mistura de instituições e costumes de origem romana e germânica, embora a população tenha se oposto, no início. Foi com estabelecimento das tradições dos bárbaros que o mundo feudal ganhou suas primeiras feições.
Referências
http://www.mundovestibular.com.br/articles/4236/1/INVASOES-BARBARAS/Paacutegina1.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Queda_do_Imp%C3%A9rio_Romano
http://www.youtube.com/watch?v=y6wMkUZQfN8&feature=related
História Global - Brasil e geral - Gilberto Cotrim
http://pt.wikipedia.org/wiki/B%C3%A1rbaros
http://pt.wikipedia.org/wiki/Migra%C3%A7%C3%B5es_dos_povos_b%C3%A1rbaros
A história de Roma é fascinante, de uma cidade tão pequena se tornou um dos maiores impérios da antiguidade, sendo considerada a principal potência mediterrânea durante os seus doze séculos de existência. Depois de se transitar de monarquia pra república e se tornar um vasto império, Roma entra em crise por conta dos elevados gastos públicos, enfraquece-se e é tomada por diversos povos bárbaros, marcando o início da Idade Moderna.
Período imperial – crise e declínio do Império Romano
Por volta do século III, o império romano entrou num longo período de crise. Com o fim das conquistas territoriais, diminuiu o número de escravos o que provocou uma queda na produção agrícola. Com a corrupção dentro do governo e os elevados gastos públicos com luxo, pouco sobrava para sustentar um império que se tornou tão vasto ao longo do tempo. Foi necessário então aumentar a carga tributária, que se tornou pesada e passou a não ser paga pelas províncias o que enfraqueceu mais ainda a economia romana. O exército romano também foi se enfraquecendo, os soldados, sem receber salário passaram a deixar suas obrigações militares e assim, as fronteiras ficavam cada vez mais desprotegidas.
A crise se agravou e dado o colapso da estrutura militar e as constantes guerras civis, os imperadores romanos realizavam acordos, pelos quais os bárbaros ganharam o direito de habitar essas regiões. Em troca, eles defendiam a fronteira da invasão de outros povos. Esses primeiros bárbaros, incorporados ao mundo romano, ficaram conhecidos como federados.
Em 395, com a morte do imperador Teodósio, o império foi dividido entre seus dois filhos: Honório ficou com a porção de terra do império do Ocidente, com sede em Roma, e Arcádio ficou com o Império Romano do Oriente, com sede em Constantinopla. Com essa divisão buscava-se melhorar a administração do império. Mas isso de nada serviu.
Em 476, Com a pressão exercida pelos hunos, os povos bárbaros começaram a intensificar o processo de invasão do Império Romano. Entre os principais povos responsáveis pela fragmentação do Império podemos destacar os visigodos, ostrogodos, anglo-saxões, francos, suevos e turíngios. Com a invasão dos hérulos, em 476, houve a deposição do último imperador romano, Rômulo Augusto, que já tinha descendência germânica.
Bárbaros?
O termo bárbaro vem do grego significa “não grego”. Para os gregos, a referência aos bárbaros significava apenas estrangeiros, povos que não tinham a língua grega como materna. Os romanos também passaram a ser chamados de bárbaros pelos gregos.
Porém, foi no Imp´rio Romano que a expressão passou a ser usada como termo pejorativo de "incivilizado"e com uma conotação preconceituosa. Era assim que os romanos se referiam aos povos germânicos, só por serem povos que não compartilhavam os mesmos hábitos e costumes romanos e não falavam latim.
O uso de tal termo não condizia com a realidade pois, apesar de não compartilharem de alguns aspectos da cultura romana, tais povos tinham cultura e costumes próprios.
Os povos germânicos
De origem discutida, ocupavam uma região chamada Germânia e se subdividiam em vários povos: borgundios, vândalos, francos, saxões, anglos, lombardos, godos e outros.Nos séculos IV e V os principais povos bárbaros se deslocaram em direção ao Império Romano, empurrados pelos Hunos que vinham do oriente, levando pânico e destruição aonde chegavam. Esse processo acabou por precipitar a fragmentação do império, já decadente devido a crise do escravismo e a anarquia militar.
Surgidos com a desintegração do Império Romano do Ocidente, os Reinos Romano-Germânicos ou Bárbaros não tiveram a mesma importância nem a mesma duração.Em sua maioria foram Reinos efêmeros, não possuindo organização administrativa eficiente, apesar do empenho de muitos chefes germanos em manter a forma de governo romana.
As populações romanizadas se recusaram a colaborar com os germanos. A língua, a religião, os costumes e, sobretudo, a forma de governo dos germanos e sua forma de organizar a sociedade, bem diferentes dos da população romana, funcionaram como obstáculos à fusão entre as duas sociedades: a romana e a germânica. Ainda que os chefes bárbaros procurassem evitar choque entre romanos e germanos - até mesmo porque os bárbaros geralmente representavam 5% da população de muitos Reinos - surgiram inúmeros problemas, inclusive pela criação de novos obstáculos à fusão, como a adoção do regime da personalidade das leis.
CONCLUSÃO
Depois de tanto crescer, a civilização romana não conseguem mais administrar o império. A maior potência do mediterrâneo entra em crise e é tomada por povos julgados por eles incivilizados. Os exércitos bárbaros eram eficientes no combate, devido à experiência guerreira dos soldados que protegiam o próprio Império Romano. Uma estratégia um tanto inteligente: incomporarem-se ao exercito romano como mercenários e mais tarde se usar disso para arrasar o império.
O processo das invasões bárbaras foi muito importante para que o Império Romano e seu conjunto de valores e tradições passassem por um processo de junção com a cultura germânica. Assim, a Idade Média, além de ser inaugurada pelo estabelecimento dos reinos bárbaros, também ficou marcada pela mistura de instituições e costumes de origem romana e germânica, embora a população tenha se oposto, no início. Foi com estabelecimento das tradições dos bárbaros que o mundo feudal ganhou suas primeiras feições.
Referências
http://www.mundovestibular.com.br/articles/4236/1/INVASOES-BARBARAS/Paacutegina1.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Queda_do_Imp%C3%A9rio_Romano
http://www.youtube.com/watch?v=y6wMkUZQfN8&feature=related
História Global - Brasil e geral - Gilberto Cotrim
http://pt.wikipedia.org/wiki/B%C3%A1rbaros
http://pt.wikipedia.org/wiki/Migra%C3%A7%C3%B5es_dos_povos_b%C3%A1rbaros
domingo, 29 de agosto de 2010
2- O Império de Alexandre – A fusão de culturas na época de Alexandre, o grande: O helenismo
INTRODUÇÃO
Helenismo foi o período histórico e cultural, do final do século IV a.C. até o começo da Idade Média, em que a civilização grega se difundiu no mundo mediterrâneo, euro-asiático e no Oriente, fundindo-se com a cultura local. Embora tenha sido um período de tempo relativamente curto, esse foi marcado por grandes e importantes interações e transições culturais. E é sobre esse período que falarei agora.
Helenismo foi o período histórico e cultural, do final do século IV a.C. até o começo da Idade Média, em que a civilização grega se difundiu no mundo mediterrâneo, euro-asiático e no Oriente, fundindo-se com a cultura local. Embora tenha sido um período de tempo relativamente curto, esse foi marcado por grandes e importantes interações e transições culturais. E é sobre esse período que falarei agora.
quarta-feira, 25 de agosto de 2010
As cidades da Grécia antiga funcionavam como "países" ou Estados independentes, cada uma com seu próprio governo e suas próprias leis. Embora compartilhassem a mesma língua, cultura e religião, os antigos gregos estavam divididos politicamente. Não raro, uma cidade grega estava em guerra contra outra. Tais guerras tinham uma conseqüência: o extremo empobrecimento da população grega: os pobres ficaram ainda mais pobres e foram os que mais sofreram.
Contudo, enquanto as cidades-Estado gregas lutavam entre si, um reino vizinho, a Macedônia, ganhava força.
A Macedônia localizava-se na península dos Bálcãs, a nordeste da Grécia. A maioria da população era formada por camponeses livres, cujas principais ocupações eram o cultivo de terras e a criação de gado. A língua falada na Macedônia era parecida com a falada na Grécia, mas não era exatamente a mesma. Apesar das semelhanças culturais, os antigos gregos viam com desprezo o povo da Macedônia.Apesar das semelhanças culturais, os antigos gregos viam com desprezo o povo da Macedônia. Na visão preconceituosa dos antigos gregos, os macedônios não passavam de montanheses ignorantes que pouco diferiam dos povos chamados de "bárbaros".
Em 359 a.C., aos 23 anos de idade, Filipe tornou-se rei da Macedônia, com o nome de Filipe 2º. Filipe 2º deu início à conquista da Grécia, que já se encontrava enfraquecida em decorrência das guerras.
Após ter conquistado a Grécia, reuniu todas as cidades Filipe 2º começou a planejar uma guerra contra a Pérsia, para estabelecer um império.
Felipe foi assassinado às vésperas da partida. Quem realizou seus plano foi seu filho, Alexandre Magno (ou Alexandre, O Grande), que com a morte do pai se tornou o novo rei da Macedônia.
Em 334 a.C. Alexandre desembarca perto de Tróia e vence os persas. Quando morre 12 anos depois, Alexandre Magno tinha conquistado todo o oriente próximo. Sua morte leva à divisão das conquistas entre os generais. Mas o que sobra de mais importante é a sua contribuição para a difusão da cultura grega no oriente. Suas conquistas aproximaram Ocidente e Oriente, dando origem a uma nova cultura, a helenística, resultado da mistura das culturas ocidental e oriental.
O Helenismo
O Helenismo foi uma era completamente nova na história da humanidade. Surgiu uma comunidade internacional na qual cultura e línguas gregas desempenhava um papel preponderante. Tal período durou cerca de trezentos anos.
Foi marcado pelo desaparecimento entre os diferentes países e culturas. Anteriormente gregos, romanos, egípcios e babilônios, sírios e persas tinham adorado seus deuses dentro dos limites de suas próprias religiões. Agora todas essas diferentes culturas foram misturadas um caldeirão, por assim dizer, de concepções religiosas, filosóficas e científicas.
Muitas religiões novas surgiram no Helenismo. A mediada que as fronteiras e linhas divisórias foram sendo paulatinamente apagadas, pessoas que antes tinham experimentado um sentimento de afinidade muito forte com seu próprio povo, com sua própria religião, passaram a experimentar uma sensação de dúvida e incerteza em relação a sua filosofia de vida. Muitas divindades orientais passaram a ser adotadas na região do Mediterrâneo.
De modo geral, a filosofia do helenismo não teve nada de muito original. Não apareceu nenhum Platão, nem outro Aristóteles. Mas os três filósofos de Atenas se transformaram em inspiração para diferentes correntes filosóficas.
Também a ciência do helenismo pela mistura de diferentes experiências culturais. Nesse particular, a cidade de Alexandria, no Egito, desempenhava papel-chave como ponto de encontro entre o Oriente e o Ocidente e se tornou a metrópole da ciência.
Contudo, enquanto as cidades-Estado gregas lutavam entre si, um reino vizinho, a Macedônia, ganhava força.
A Macedônia localizava-se na península dos Bálcãs, a nordeste da Grécia. A maioria da população era formada por camponeses livres, cujas principais ocupações eram o cultivo de terras e a criação de gado. A língua falada na Macedônia era parecida com a falada na Grécia, mas não era exatamente a mesma. Apesar das semelhanças culturais, os antigos gregos viam com desprezo o povo da Macedônia.Apesar das semelhanças culturais, os antigos gregos viam com desprezo o povo da Macedônia. Na visão preconceituosa dos antigos gregos, os macedônios não passavam de montanheses ignorantes que pouco diferiam dos povos chamados de "bárbaros".
Em 359 a.C., aos 23 anos de idade, Filipe tornou-se rei da Macedônia, com o nome de Filipe 2º. Filipe 2º deu início à conquista da Grécia, que já se encontrava enfraquecida em decorrência das guerras.
Após ter conquistado a Grécia, reuniu todas as cidades Filipe 2º começou a planejar uma guerra contra a Pérsia, para estabelecer um império.
Felipe foi assassinado às vésperas da partida. Quem realizou seus plano foi seu filho, Alexandre Magno (ou Alexandre, O Grande), que com a morte do pai se tornou o novo rei da Macedônia.
Em 334 a.C. Alexandre desembarca perto de Tróia e vence os persas. Quando morre 12 anos depois, Alexandre Magno tinha conquistado todo o oriente próximo. Sua morte leva à divisão das conquistas entre os generais. Mas o que sobra de mais importante é a sua contribuição para a difusão da cultura grega no oriente. Suas conquistas aproximaram Ocidente e Oriente, dando origem a uma nova cultura, a helenística, resultado da mistura das culturas ocidental e oriental.
O Helenismo
O Helenismo foi uma era completamente nova na história da humanidade. Surgiu uma comunidade internacional na qual cultura e línguas gregas desempenhava um papel preponderante. Tal período durou cerca de trezentos anos.
Foi marcado pelo desaparecimento entre os diferentes países e culturas. Anteriormente gregos, romanos, egípcios e babilônios, sírios e persas tinham adorado seus deuses dentro dos limites de suas próprias religiões. Agora todas essas diferentes culturas foram misturadas um caldeirão, por assim dizer, de concepções religiosas, filosóficas e científicas.
Muitas religiões novas surgiram no Helenismo. A mediada que as fronteiras e linhas divisórias foram sendo paulatinamente apagadas, pessoas que antes tinham experimentado um sentimento de afinidade muito forte com seu próprio povo, com sua própria religião, passaram a experimentar uma sensação de dúvida e incerteza em relação a sua filosofia de vida. Muitas divindades orientais passaram a ser adotadas na região do Mediterrâneo.
De modo geral, a filosofia do helenismo não teve nada de muito original. Não apareceu nenhum Platão, nem outro Aristóteles. Mas os três filósofos de Atenas se transformaram em inspiração para diferentes correntes filosóficas.
Também a ciência do helenismo pela mistura de diferentes experiências culturais. Nesse particular, a cidade de Alexandria, no Egito, desempenhava papel-chave como ponto de encontro entre o Oriente e o Ocidente e se tornou a metrópole da ciência.
CONCLUSÃO
O mundo de hoje pode ser muito bem comparado à cultura helênica de séculos atrás. Em nossa época, à semelhança do mundo helênico, tmbém tem-se gerado grandes transformações na religião, na ciência e nos valores morais. Outro dado interessante é o fato de, em nossa época, vermos como a mescla de religiões novas e antigas, filosofia e ciência pode criar bases para a construção de novas visões do mundo. Grande parte desse “conhecimento novo” é herança de um pensamento antigo, cujas raízes remontam ao helenismo, graças à Alexandre Magno que rompeu as barreiras para uma mistura de culturas e compartilhamento de experiências séculos atrás.
O mundo de hoje pode ser muito bem comparado à cultura helênica de séculos atrás. Em nossa época, à semelhança do mundo helênico, tmbém tem-se gerado grandes transformações na religião, na ciência e nos valores morais. Outro dado interessante é o fato de, em nossa época, vermos como a mescla de religiões novas e antigas, filosofia e ciência pode criar bases para a construção de novas visões do mundo. Grande parte desse “conhecimento novo” é herança de um pensamento antigo, cujas raízes remontam ao helenismo, graças à Alexandre Magno que rompeu as barreiras para uma mistura de culturas e compartilhamento de experiências séculos atrás.
BIBLIOGRAFIA
http://www.coladaweb.com/historia/helenismo
O mundo de Sofia – Romance da história da filosofia
http://www.youtube.com/watch?v=gKLMi7_cRNw&feature=related
http://pt.wikipedia.org/wiki/Helenismo
http://educacao.uol.com.br/historia/ult1690u49.jhtm
http://www.coladaweb.com/historia/helenismo
O mundo de Sofia – Romance da história da filosofia
http://www.youtube.com/watch?v=gKLMi7_cRNw&feature=related
http://pt.wikipedia.org/wiki/Helenismo
http://educacao.uol.com.br/historia/ult1690u49.jhtm
quinta-feira, 12 de agosto de 2010
1 - Os limites da democracia na Grécia Clássica: mulheres, escravos e estrangeiros
INTRODUÇÃO
De acordo com o dicionário Michaelis, democracia (do grego demokratía, demo = povo e kratía = governo) significa, como o proprio nome diz, governo do povo. Sistema em que cada cidadão participa do governo. Como vimos, o termo tem origem grega, mas justamente para eles, os gregos, a noção de democracia era muito diferente da que temos hoje, em nosso mundo ocidental, contemporâneo. Nem todos os cidadãos eram considerados democratas, nem todos tinham direitos iguais. A democracia grega era bastante limitada. E é sobre esses limites que falarei no desenvolvimento desse trabalho.
De acordo com o dicionário Michaelis, democracia (do grego demokratía, demo = povo e kratía = governo) significa, como o proprio nome diz, governo do povo. Sistema em que cada cidadão participa do governo. Como vimos, o termo tem origem grega, mas justamente para eles, os gregos, a noção de democracia era muito diferente da que temos hoje, em nosso mundo ocidental, contemporâneo. Nem todos os cidadãos eram considerados democratas, nem todos tinham direitos iguais. A democracia grega era bastante limitada. E é sobre esses limites que falarei no desenvolvimento desse trabalho.
Atenas teve diversas formas de governo. Monarquia, oligarquia, tirania.
Mas no século VI a.C., em Atenas, Clístinis, governante da época, reconheceu a igualdade a todos os cidadãos e assim começava a surgiu o regime democrático.
Naquela época, a democracia se caracterizava por todos os cidadãos serem iguais perante a lei e terem o direito de eleger e se elegerem para os diversos cargos do governo da cidade. Porém, tal regime político tinha algumas limitações.
A sociedade ateniense tinha quatro grupos muito distintos pois tinham funções, costumes e direitos diferentes. São eles:
Cidadãos: Homens livres, com mais de 18 anos, do sexo masculino, nascidos em Atenas, com pai e mãe atenienses.
Metecos: Eram estrangeiros que viviam na cidade-estado de Atenas, não podiam possuir terra, tinham de pagar impostos e prestar serviço militar. Eram homens livres, mas não tinham direitos políticos.
Mulheres: Viviam da dependência do homem, até casarem ficavam na dependência do pai. Cuidavam dos seus filhos educando-os para uma vida política e também não tinham direitos políticos.
Escravos: Homens não-livres, prisioneiros de guerra, devido à sua naturalidade ou pela condenação pelos tribunais devido a não cumprirem algumas leis tais como não pagarem as dívidas. Se ocupavam em tarefas variadas como a agricultura, artesanato, comércio, exploração das minas e trabalhos domésticos. Constituíam cerca de 1/3 da população.
Como podemos ver, a condição de cidadania era estabelecida por pressupostos que excluíam boa parte da população. Somente o grupo dos cidadãos tinha direito ao voto e a maioria da população, mulheres, metecos, escravos e também os menores de dezoito anos não participavam da vida política. Isto porque para esta antiga sociedade, aqueles que não compartilhavam dos mesmos costumes de Atenas não poderiam ter a compreensão necessária para escolher o melhor para a cidade.
Além disso, observando o modo como os atenineses viam a mulher, sabemos que tal exclusão feminina se dava porque os gregos acreditavam que a mulher era naturalmente inferior ao homem. A mulher tinha um papel secundário e até marginalizado em toda a grécia (excessão para Esparta onde as mulheres eram valorizadas como parte ativa da sociedade tendo importancia política e social).
Os escravos, por sua vez, apesar de serem a base da economia grega, também eram marginalizados e subjulgados socialmente.
Mas no século VI a.C., em Atenas, Clístinis, governante da época, reconheceu a igualdade a todos os cidadãos e assim começava a surgiu o regime democrático.
Naquela época, a democracia se caracterizava por todos os cidadãos serem iguais perante a lei e terem o direito de eleger e se elegerem para os diversos cargos do governo da cidade. Porém, tal regime político tinha algumas limitações.
A sociedade ateniense tinha quatro grupos muito distintos pois tinham funções, costumes e direitos diferentes. São eles:
Cidadãos: Homens livres, com mais de 18 anos, do sexo masculino, nascidos em Atenas, com pai e mãe atenienses.
Metecos: Eram estrangeiros que viviam na cidade-estado de Atenas, não podiam possuir terra, tinham de pagar impostos e prestar serviço militar. Eram homens livres, mas não tinham direitos políticos.
Mulheres: Viviam da dependência do homem, até casarem ficavam na dependência do pai. Cuidavam dos seus filhos educando-os para uma vida política e também não tinham direitos políticos.
Escravos: Homens não-livres, prisioneiros de guerra, devido à sua naturalidade ou pela condenação pelos tribunais devido a não cumprirem algumas leis tais como não pagarem as dívidas. Se ocupavam em tarefas variadas como a agricultura, artesanato, comércio, exploração das minas e trabalhos domésticos. Constituíam cerca de 1/3 da população.
Como podemos ver, a condição de cidadania era estabelecida por pressupostos que excluíam boa parte da população. Somente o grupo dos cidadãos tinha direito ao voto e a maioria da população, mulheres, metecos, escravos e também os menores de dezoito anos não participavam da vida política. Isto porque para esta antiga sociedade, aqueles que não compartilhavam dos mesmos costumes de Atenas não poderiam ter a compreensão necessária para escolher o melhor para a cidade.
Além disso, observando o modo como os atenineses viam a mulher, sabemos que tal exclusão feminina se dava porque os gregos acreditavam que a mulher era naturalmente inferior ao homem. A mulher tinha um papel secundário e até marginalizado em toda a grécia (excessão para Esparta onde as mulheres eram valorizadas como parte ativa da sociedade tendo importancia política e social).
Os escravos, por sua vez, apesar de serem a base da economia grega, também eram marginalizados e subjulgados socialmente.
CONCLUSÃO
Cidadania e democracia no mundo contemporrâneo
Como nós mesmos podemos constatar, nosso ideal democrático, apesar de ser baseado no ideal democrático dos gregos, é bem diferente da noção de democracia que os gregos tinham. No nosso país, por exemplo, percebemos que a nossa democracia permite que uma parte dos menores de 18 anos vote e que as pessoas com mais de 70 anos continuem a exercer seu direito de cidadania. E após muito tempo, depois de muitos movimentos revolucionistas, as mulheres e os analfabetos, que antes não tinham direito ao voto, conseguiram ter direito ao voto.
Mas cidadania, democracia, não é apenas ter direito ao voto. Cidadania também abarca direitos civis e sociais. Tomando a mulher como exemplo mais uma vez, percebemos que apesar dela ter conseguido o seu espaço na sociedade, ainda existe uma pequena distinção entre o sexo feminino e o masculino. O salário de um homem, por exemplo, muitas vezes chega a ser duas vezes maior que o da mulher, com os dois exercendo o mesmo cargo.
Quem sabe, daqui a um tempo, se a mulher continuar lutando por direitos realmente iguais, ela não consiga acabar de uma vez com essa diferença.
Eu gostei muito de fazer esse trabalho sobre a democracia grega. É importante conhecer e refletir sobre o pensamento de uma cultura que serviu de base para a construção da nossa e muito bom ver que depois de tanto tempo, os direitos civis, políticos e sociais estão caminhando e chegando cada vez mais perto de serem iguais para todos.
Cidadania e democracia no mundo contemporrâneo
Como nós mesmos podemos constatar, nosso ideal democrático, apesar de ser baseado no ideal democrático dos gregos, é bem diferente da noção de democracia que os gregos tinham. No nosso país, por exemplo, percebemos que a nossa democracia permite que uma parte dos menores de 18 anos vote e que as pessoas com mais de 70 anos continuem a exercer seu direito de cidadania. E após muito tempo, depois de muitos movimentos revolucionistas, as mulheres e os analfabetos, que antes não tinham direito ao voto, conseguiram ter direito ao voto.
Mas cidadania, democracia, não é apenas ter direito ao voto. Cidadania também abarca direitos civis e sociais. Tomando a mulher como exemplo mais uma vez, percebemos que apesar dela ter conseguido o seu espaço na sociedade, ainda existe uma pequena distinção entre o sexo feminino e o masculino. O salário de um homem, por exemplo, muitas vezes chega a ser duas vezes maior que o da mulher, com os dois exercendo o mesmo cargo.
Quem sabe, daqui a um tempo, se a mulher continuar lutando por direitos realmente iguais, ela não consiga acabar de uma vez com essa diferença.
Eu gostei muito de fazer esse trabalho sobre a democracia grega. É importante conhecer e refletir sobre o pensamento de uma cultura que serviu de base para a construção da nossa e muito bom ver que depois de tanto tempo, os direitos civis, políticos e sociais estão caminhando e chegando cada vez mais perto de serem iguais para todos.
BIBLIOGRAFIA
http://www.nead.unama.br/bibliotecavirtual/monografias/Educacao_Grecia.pdf
http://www.mundoeducacao.com.br/historiageral/democracia-grega-x-democracia-contemporanea.htm
http://www.slideshare.net/jorgediapositivos/a-democracia-ateniense-no-sc-v-a-c
http://educacao.uol.com.br/sociologia/ult4264u16.jhtm
http://www.nead.unama.br/bibliotecavirtual/monografias/Educacao_Grecia.pdf
http://www.mundoeducacao.com.br/historiageral/democracia-grega-x-democracia-contemporanea.htm
http://www.slideshare.net/jorgediapositivos/a-democracia-ateniense-no-sc-v-a-c
http://educacao.uol.com.br/sociologia/ult4264u16.jhtm
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