INTRODUÇÂO
Mediante imigrações pacíficas ou invasões, diversos povos germânicos foram ocupando o Império Romano do Ocidente levando-o à sua decadência. Esse fato marcou o fim da Idade Antiga o começo da Idade Média. Mas mesmo que o Império Romano do Ocidente tenha sucumbido, o Império Romano do Oriente se manteve forte por muitos e muitos anos. Nesse trabalho, mostrarei como o Império Romano ainda sobreviveu em Constantinopla e como Carlos Magno reergueu a Europa, construindo um império que futuramente daria origem ao Feudalismo.
O Império Bizantino
Com a queda do Império Romano do Ocidente, por volta do século V, Constantinopla, atual Istambul, capital do Império Romano do Oriente, assume a liderança do mundo romano. Constantinopla mantêm as leis, a mesma organização administrativa e boa parte da cultura romana. Mas os Bizantinos queriam mais. Não bastava viver como se vivia em Roma. Era preciso reconquistar territórios e reconstruir o Império Romano.
Em 527, o imperador Justiniano assume o poder em Constantinopla. A política do imperador teve como objetivo fundamental a tentativa de reconstrução do fragmentado Império Romano e revisar as leis romanas e adequá-las à doutrina cristã, a religião oficial do império. Cria, então, um código de leis que se intitula Código Justiniano. Tais leis acabaram constituindo a base jurídica do Império. Justiniano também chega a recuperar o norte da África, o sul da Península Ibérica e ainda reconquista a Itália. Mas apesar do sucesso e do seu longo governo que durou 40 anos, Justiniano não alcança seu principal objetivo e após a sua morte, esse sonho fica ainda mais longe de se tornar realidade, pois ao final de seu governo, o Império Romano do Oriente acaba provocando uma ruptura com o Ocidente.
À partir daí ocorrem algumas mudanças no império. Constantinopla adota o seu antigo nome, Bizâncio. O grego passa a substituir o latim e em 850, até a autoridade do papa deixa de ser reconhecida. Apesar de dois séculos de decadência e violência, o Império Bizantino se reergue, se tornando uma potência militar, se tornando o escudo protetor da Europa. O Império Bizantino resistiu por toda a idade média aos ataques dos persas, dos húngaros, dos árabes e dos turcos e foi por isso que foi possível a criação dos estados nacionais.
O reino dos francos
Com a queda do Império Romano do Ocidente, todo o território que pertencia ao império é ocupado pelos povos germânicos que constituíram reinos. Os francos ficaram mais ao norte, os burgúndios e ostrogodos se instalam mais ao centro, os suevos e visigodos ocupam a península Ibérica e os vândalos, o norte da África.
Mas de todos esses reinos, o que mais se destacou foi o reino dos francos.
- Dinastia merovíngia
A organização política dos francos em um reino teve início em meados do século V, com a unificação de diversas tribos.
Clóvis é considerado um dos unificadores francos, tendo reinado entre 418 e 511. Nesse período, promoveu a expansão do Reino Franco e converteu-se ao catolicismo, fazendo de seu reino um forte aliado da Igreja Católica.
Clóvis teve vários sucessores. A partir de 639, a dinastia entrou em crise e o trono passou a ser ocupado por um alto funcionário da corte – o prefeito do palácio. Um desses prefeitos do palácio foi Carlos Martel, que governou de 714 a 741 e conquistou prestígio e poder, entre outros motivos, por ter comandado o exército cristão que deteve o avanço dos muçulmanos sobr a Europa, em 732.
- Dinastia Carolíngia
Após a morte de Carlos Martel, seus poderes políticos foram hrdados por Pepino, o Breve que em 751 destronou o último rei merovíngio e fundou a dinastia carolíngia.
Em 756, o papa se vê ameaçado pelos lombardos, povo do norte da Europa. O papa pede ajuda aos cristãos e é atendido por Pepino, o Breve, que derrota os lombardos e ainda oferece ao papa um território na província de Ravena. Mas não é Pepino, o Breve quem deixa a marca maior na história da Europa. Quem realmente mexeu com a história da Europa foi seu filho, Carlos Magno, que assumiu o trono do reino franco no ano de 768.
Assim que assumiu o trono, Carlos Magno já começou a realizar o seu grande projeto: unificar o ocidente cristão. Para isso, o imperador lutou com quase todos os seus vizinhos por muito tempo. Com uma política voltada para o expansionismo militar, Carlos Magno expandiu o império, além dos limites conquistados por seu pai, Pepino, o Breve; obteve sucesso na sua campanha, anexando boa parte dos territórios europeus ao seu reino.
Em 800, o papa Leão 3º restaurou o império do Ocidente em proveito de Carlos Magno, que, tal como os antigos imperadores romanos, passou a ostentar o título de "Augusto".
O Império Carolíngio conquistou praticamente toda a Europa ocidental e para administrar tamanho império, ele dividiu esse império todo em 300 províncias, sendo administradas por governantes menores, eram fiscalizados pelos inspetores que o obedeciam e tendo como poder espiritual, o papa. Foi o império de Carlos Magno que deu início ao sistema feudal. Para retribuir às pessoas que os ajudava, o imperador distribuía terras e foram esses benefícios que deram origem ao sistema feudal que, após a morte da Carlos Magno, vigorou na Europa até o século XIII.
CONCLUSÃO
No Oriente, Constantinopla mantêm um império forte, que ao comando de Justiniano conquista mais e mais território. No Ocidente, um povo germânico, denominado bárbaro, incivilizado pelos romanos, se destaca e dele surge o Império Carolíngio, liderado por Carlos Magno que com uma política de expansionismo militar e uma aliança com a Igreja, reergue o Império do Ocidente. Ao fim de seu governo, surge um sistema um pouco diferente do que já tinha se visto até aquela época, na Europa. Com o Feudalismo, as transformações do início da Idade Média na Europa ficam ainda mais evidentes.
Referências
http://educacao.uol.com.br/biografias/carlos-magno.jhtm
Telecurso – História- Ensino Médio- Aula 11
http://www.juliobattisti.com.br/tutoriais/adrienearaujo/historia011.asp
http://pt.wikipedia.org/wiki/Francos
http://pt.wikipedia.org/wiki/Carlos_Magno
História Global- Brasil e Geral, Gilberto Cotrim – Capítulo 12
sexta-feira, 24 de setembro de 2010
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1 comentários:
Você conseguiu manter o nível Mayara, parabéns, nesta modalidade do nosso curso, no 3º bimestre que se encerra você deu-se bem.
Sabe, nós professores somos uma espécie em transformação, os velhos professores, no velho estilo, estão em extinção, surgirão novos tipos de prfessores. Como seremos? Ainda não sei. Tenho apenas algumas idéias sobre isso. Mas o que realmente queria dizer é: aquilo que realmente nos alegra e remunera são os bons alunos aqueles que mesmo não concordando inicialmente conosco se dispõem a tentar aprender e produzir um material sobre o tema proposto. Obrigado por ter sido minha aluna neste bimestre, a melhor. Raramente atribuo o conceito máximo, mas você o mereceu. Vou guardar o endereço de seu blog e se você não o destruir, mostrarei por ai, como um bom fruto de meu trabalho. Por favor, apenas melhore este blog. Conserve-o assim depois do fim deste bimestre.
Valeu!
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